7 de Julho de 1903
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the March of the Mill Children
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Pensilvânia. Primavera de 1903.
Setenta e cinco mil operários têxteis encontram-se em greve. Lutam por melhores salários e menos horas de trabalho. Entre estes, pelo menos dez mil são crianças, muitas delas não têm mais de dez anos, embora a lei proíba o trabalho antes dos doze.
Cinquenta anos antes, os homens deram a sua vida para conseguirem parar a venda de crianças negras. Na Geórgia, onde as crianças trabalhavam noite e dia em campos de algodão, acabara de ser publicada uma lei protectora dos pássaros e suas canções. Era o momento de impedir que as crianças brancas se vendessem a dois dólares por semana.
.Pensilvânia. Primavera de 1903.
Setenta e cinco mil operários têxteis encontram-se em greve. Lutam por melhores salários e menos horas de trabalho. Entre estes, pelo menos dez mil são crianças, muitas delas não têm mais de dez anos, embora a lei proíba o trabalho antes dos doze.
Cinquenta anos antes, os homens deram a sua vida para conseguirem parar a venda de crianças negras. Na Geórgia, onde as crianças trabalhavam noite e dia em campos de algodão, acabara de ser publicada uma lei protectora dos pássaros e suas canções. Era o momento de impedir que as crianças brancas se vendessem a dois dólares por semana.
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Organizada por Mary Harris (Mother Jones) a March of the Mill Children percorreu as cem milhas de Filadélfia até à casa de Verão do Presidente Roosevelt em Oyster Bay, de forma a chamar a atenção para as 55 horas de trabalho semanal a que as crianças eram sujeitas. O objectivo? Levar o Presidente a olhar estas crianças e compará-las com as suas, então em gozo de férias, olhar-lhes as mãos e os corpos definhados.
.Organizada por Mary Harris (Mother Jones) a March of the Mill Children percorreu as cem milhas de Filadélfia até à casa de Verão do Presidente Roosevelt em Oyster Bay, de forma a chamar a atenção para as 55 horas de trabalho semanal a que as crianças eram sujeitas. O objectivo? Levar o Presidente a olhar estas crianças e compará-las com as suas, então em gozo de férias, olhar-lhes as mãos e os corpos definhados.
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Pretendia-se que o Presidente escutasse a voz de crianças que nunca tinham tido tempo de frequentar a escola nem de brincar, pois trabalhavam onze a doze horas diárias nas fábricas de algodão da Pensilvânia, e, simultaneamente, chamar a atenção para aqueloutras trabalhadoras nas minas.
.Pretendia-se que o Presidente escutasse a voz de crianças que nunca tinham tido tempo de frequentar a escola nem de brincar, pois trabalhavam onze a doze horas diárias nas fábricas de algodão da Pensilvânia, e, simultaneamente, chamar a atenção para aqueloutras trabalhadoras nas minas.
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Iniciada a marcha, as crianças mostravam-se animadas e contentes, possuíam de comer, tomavam banho nas margens dos rios, estavam “em férias”, algo que não voltariam a conhecer quando regressassem.
A trajectória foi difícil, as estradas cobriam-se de pó, o calor aumentava, não chovia e muitas das crianças tiveram de ser enviadas de regresso a casa pois eram demasiado fracas para suportarem a marcha. Mas, ao longo do caminho, famílias de agricultores ofereciam frutas e vegetais, roupas e dinheiro. À frente, caminhava um grupo que procurava assegurar lugar de dormida e refeições.
.A trajectória foi difícil, as estradas cobriam-se de pó, o calor aumentava, não chovia e muitas das crianças tiveram de ser enviadas de regresso a casa pois eram demasiado fracas para suportarem a marcha. Mas, ao longo do caminho, famílias de agricultores ofereciam frutas e vegetais, roupas e dinheiro. À frente, caminhava um grupo que procurava assegurar lugar de dormida e refeições.
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Perto de New Jersey, a polícia encarregada de evitar a entrada destas na cidade acercou-se do agrupamento mas, não resistindo aos olhares de crianças de tigelas e canecas estendidas, não conseguiu impedir-lhes a passagem.
Perto de New Jersey, a polícia encarregada de evitar a entrada destas na cidade acercou-se do agrupamento mas, não resistindo aos olhares de crianças de tigelas e canecas estendidas, não conseguiu impedir-lhes a passagem.
Em cada paragem, reuniões e palestras alertavam para as condições de vida dessas crianças e os horrores por que passavam, exibindo-lhes as mãos e os corpos fustigados.
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O Presidente recusou-se a recebê-los e não deu resposta aos contactos efectuados, mas a marcha alcançou os seus objectivos, alertara a nação, e, pouco depois, a legislação da Pensilvânia aprovou uma lei de trabalho infantil, enviando milhares de crianças para suas casas, não aceitando o seu trabalho antes dos catorze anos.
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15 comments:
"visitei" com grande satisfação estes três blogs que não conhecia.
parabéns.
mas...eles têm mesmo que ser azuis e elas cor de rosa?
Mulher das Sete Maravilhas: TUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!
indizível tanta beleza.
"Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje". F.Roosvelt.
Se pensarmos que as crianças são o "amanhã"...o senhor Presidente desse país, em média, medíocre, devia ter muitas dúvidas sobre o motivo que ali as levava.
Ou seja, já nessa altura os americanos eram governados...mal.
Mas o mais importante deste post é pensar que um século passado, ainda há (quantos??) miúdos a trabalhar, que não vão à escola nem nunca foram.
Em Portugal também!
Será necessária outra Marcha?
Mas nesse caso, por favor não batam à porta do actual presidente dos Estados Unidos...
E a questão coloca-se assim : batam à porta de quem??
Cada gota é uma nota
Que seduz o coração
De quem ouve o marulhar
Escorrer em sua mão
Estalam as folhas no alto
No afago de suave vento
Alguma se irá soltar
Dando tom ao sentimento
Profético beijo
vê lá que só hoje descobri estas tuas três pérolas. pensei que era um uma.
magnífico, teresamar.
beijo
B.
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ali em cima era "um uma" não... era só uma...
:)))))
Vou colar a resposta que deixei no canto de Triliti, pois voltei a sorrir, ao dar de novo com a pergunta sobre o porquê do azul e rosa :)
"... os príncipes e as princesas
em azul e rosa
porque meninos e meninas,
que acreditam e sonham, sonhos a cores
Entre outras cores... sonhar a azul e a rosa
porque cores suaves? porque os livros dizem que, tratando de princípes e princesas, é assim?
porque inocentes ainda?
Sabe-se lá."
:)
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À Y e à Bandida, se voltarem a abrir estes comentários, deixo a pergunta:
Não são os príncipes azuis e as princezinhas cor-de-rosa?
:))))
Beijos a ambas
Olá Rigoletto,
pois, porque não precisamos ir muito longe, à laia de exemplo, a nossa industria de calçado pediria outra marcha, não é?
Não há muitas portas, e as que se hãe-de abrir mundo fora fá-lo-ão muito devagar.
* tendo a simpatia de me ter nos seus links, por favor, os príncipes ficaram sozinhos, não esqueça de lhes juntar as minhas princesas :))
eu acho que somos todos azuis...
será?!...
B.
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Olá Bandida
sermos todos azuis faz-me pensar na geração jeans ou, não sei porque, associo a ser "cinzento" :)
eu prefiro mesmo ser cor-de-rosa, ainda que possa parecer naif ou algo tolinha :)
A tua sensibilidade...
As tuas sensibilidades...
Comovente !
Comoventes !...
bj
F.
Olha,
(e referindo ao que dizes à Y e à Bandida)
somos todos... azuis e rosa...
(pq n intimo nunca deixamos de ser crianças, de desejar ser puros e cfrentes como as crianças...)
somos todos azuis e cor-de-rosa...
não só os príncipes e as princesas ...
Eu gosto mt de cor-de-ros...
ajuda-me a colorir a tristeza do mundo em que vivemos...
F.
Sabes Frioleiras... a alma enche-se-me quando encontro, ainda, alguém como tu.
As tuas palavras aqui, e as que no nasTintas acabei de ler, fazem-me acreditar que os meus espaços farão algum sentido.
Um beijo, a azul e rosa
histórias que valem a pena ser contadas. obrigada.
:)
Não só este post é de uma clareza e utilidade imensas, como também aqui leio autênticos tesouros.
Ainda bem que existem blogs assim...
;)
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