Friday, April 18, 2008

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Alma Schindler (1879-1964)
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A noiva do vento
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Ele há musas…
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Alma Mahler Gropius [Kokoschka] Werfel

compositora, a mulher mais bonita de Viena
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Alma, a mulher dos grandes génios. Amante de Gustav Klimt, mulher de Gustav Malher, compositor; depois de Walter Gropius, famoso arquitecto, fundador da Bauhaus; e, por fim, de Franz Werfel, poeta e novelista. Entre os seus amores conta-se ainda Oskar Kokoschka (que, com Klimt, era outro dos pintores do famoso trio vienense), porventura o que mais exacerbadamente a amou.

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Gustav Klimt

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Os seus homens parecem escolhidos pelo talento e inteligência, vultos-referência que seriam de um tempo. Escolhia-os ela porque promissores? Adivinhava-lhes o potencial criativo?
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Gustav Mahler
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E, por outro lado, incentivando-os, saberia que inscrevendo-os na História da Arte, garantia para si mesma a eternidade?
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Walter Gropius
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Seria Alma megalómana? Ou tão somente visionária, apaixonada pelo belo? Pelo belo seduzida, já que, pela beleza, sedutora?
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Oskar Kokoschka
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Quando, a seu tempo, os conheceu, Werfel não sabia que viria a ser famoso, ou Gropius ou Kokoschka. Mesmo Mahler, embora já maestro famoso e director da Royal Opera House, ainda não conhecera o sucesso como compositor. Digamos que o instinto de Alma sabia achar um génio.
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Franz Werfel
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Musa foi. E a ela se vergaram as artes maiores.
A sua vida foi guião de filme, argumento teatral. Alma era maior que a vida.
Inteligente, bonita, misteriosa, Alma, ou a arte de conquistar as artes. De as abraçar e de por elas ser abraçada.
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Oskar Kokoschka. A Noiva do Vento
[a Alma]
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2 comments:

teresamaremar said...

Por favor :) ler ao som dos sons desfeitos de Mahler, a 5ª, Adagietto.
Talvez ainda continuar a escutar demorando nos olhos cerrados de Alma (imagem primeira).
Escutaria Mahler? Viajava por certo, o rosto di-lo.

náufrago do tempo e lugar said...

Extraordinariamente bela, maravilhosamente independente, tempestuosamente revolta, esta atraente Musa, de ardente e sublime espírito, como aliás o seu nome indica, é para mim, para além de a “noiva” no quadro a “A Noiva do Vento”, a eterna “Noiva e Amante das Artes Maiores” .

(a expressão “artes maiores” furtei-a do texto da autora do post, por achar que nenhuma outra se enquadrava aqui tão bem . :)



Quanto à “pergunta” se Alma foi megalómana, não sei responder. Melómana, no bom sentido da palavra, foi, sem dúvida, ou, para ser mais correcto, melófila.




Sublime a apresentação textual, imagética e musical! Belíssimo o Adagietto da 5ª Sinfonia ( como os restantes movimentos, aliás)