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Doris Lessing
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Conhecedora da realidade africana (Doris viveu na Rodésia), The Grass is Singing, 1949, foi a primeira novela, escrita ainda em África, mas apenas publicada quando Doris regressou à Europa. Fala de injustiça e relações humanas, num conhecido sistema colonial, da diferença racial, da relação entre uma branca e o seu empregado negro.
Nos seus livros, Doris fala dos homens, dos seus conflitos interiores, e dos conflitos entre os homens. E, entre os homens, fala das mulheres. Da sexualidade e da liberdade femininas. Da cultura mãe. The Golden Notebook, 1962, tem um papel importante no feminismo então emergente.
Depois de dois casamentos, dois divórcios e três filhos, poder-se-à dizer que Doris procurou sempre viver segundo uma liberdade apenas concedida aos homens.

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Filha de pais ingleses, nasce na Pérsia e aos seis anos viaja para a Rodésia. Como curiosidade, Doris nasce e cresce em dois países cujos nomes são hoje outros.
Quando questionada sobre a sua infância, descreve-a como um misto de prazer e dor, dizendo que infâncias infelizes produzem escritores.
Doris abandona a escola aos 14 anos e aos 15 sai da casa paterna começando a trabalhar. A partir dos 30 anos dedica-se apenas à escrita e os prémios suceder-se-ão.
Shikasta é o seu livro mais perturbador. Diz do desequilíbrio humano, de liberdade e da sociedade occidental, da perda das antigas referências, e faz a ponte entre a literatura clássica e a ficção científica.
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É a 11ª mulher a receber este prémio no domínio da Literatura.

Nome já há vários anos apontado, Doris Lessing, um Nobel muito bem atribuído! (Fico a acreditar que o próximo seja Philip Roth, já este ano um dos favoritos, outro igualmente merecedor).
Há pouco, entrevistada após a atribuição do prémio Nobel, foi fantástica, dizendo que apenas queria escrever outro livro e, inevitavelmente, iria estar ocupada dando entrevistas.
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The Nobel Prize is the most prestigious and glamorous of all the prizes and I am absolutely delighted.

She said.

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