Wednesday, October 10, 2007

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Alfred Bernhard Nobel
(1833-1896)
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Desde 1901, que o Prémio Nobel distingue mulheres e homens que se distinguem nas áreas da Física, Química, Medicina, Literatura e empenho na Paz, interesses de Alfred Nobel, resultando os fundos atribuídos da fortuna por si deixada, para este fim, no seu testamento datado de 1895.
Nascido em Estocolmo, foi na Russia que passou a infância, onde o seu pai trabalhava enquanto engenheiro de minas. Estuda, posteriormente, Química em Paris, e Engenharia Mecânica nos Estados Unidos, onde igualmente trabalha, antes de regressar a São Petersburgo, onde coopera com o seu pai, e, finalmente, retorna a Estocolmo.
Em 1866, produz uma forma de nitroglicerina, que regista posteriormente com o nome de dinamite. Cria a sua própria fábrica, o mercado aumenta rapidamente, cresce mundo afora, e, quando morre, Nobel é dono de uma fortuna notável.
Cientista, inventor, autor e pacífista, Nobel nunca se libertou da culpa pelo seu enriquecimento se haver devido à produção de dinamite também utilizada em guerra. É assim que redige um testamento, onde a sua fortuna premeia os mais eruditos nos interesses para si vitais.
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A totalidade do que é a minha fortuna será tida da seguinte maneira: o capital, investido em valores seguros pelos meus executores, constituirá um fundo cujos interesses sejam distribuídos cada ano em prémios a trabalhos que no ano precendente tenham contribuído para benefício da Humanidade. Estes serão divididos em cinco partes iguais, que serão distribuídos da seguinte maneira:
uma parte à pessoa que fez a descoberta ou a invenção mais importante no campo da Física; uma parte à pessoa que fez a descoberta ou melhoria mais importante no campo da Química; uma parte à pessoa que fez a descoberta mais importante dentro do campo da Fisiologia e Medicina; uma parte à pessoa que tenha produzido a obra mais destacada de tendência idealista no campo da Literatura, e uma parte à pessoa que mais e melhor tenha trabalhado a favor da fraternidade entre as nações, a abolição dos exércitos existentes e a celebração de processos de paz.
Os prémios para a Física e a Química serão atribuídos pela Academia Sueca das Ciências, o de Fisiologia e Medicina será concedido pelo Instituto Karolinska de Estocolmo, o de Literatura pela Academia de Estocolmo, e o dos defensores da paz por un comité formado por cinco personas escolhidas pelo Parlamento.
É meu desejo expresso que, ao atribuir estes prémios, não se tenha em consideração a nacionalidade dos candidatos, sendo que sejam os mais merecedores, escandinavos ou não.
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Testamento de Alfred Nobel
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5 comments:

Anonymous said...

O propósito é meritório e louvável, mas os homens nem sempre cumprem a vontade dos outros.
Escolher um premiado é sempre difícil, ainda que haja unanimidades raras.

Eu sou português, creio não ser ignorante, e discordo, em absoluto, do Nobel entregue a Saramago.
Se Portugal "estava na moda", e queriam dar-lhe algo na Literatura, havia pelo menos um candidato muito melhor colocado.
Mas não digo quem.

teresamaremar said...

A escolha sempre é difícil e os interesses que imperam (não contemplados, nem adivinhados por Nobel) terão forte peso.

Lembro, no que à Literatura diz respeito, Jorge Luis Borges por demais merecedor. É para mim o maior esquecimento, a maior injustiça.

Quanto a Saramago, apesar de parecer paradoxal, penso que não havia apenas que premiar Portugal, havia que ser tolerante politicamente (absurdo seja, mas é o que subscrevo).

O melhor candidato, sabemos bem quem :)


Boa noite Rigoletto

isabel mendes ferreira said...

eu que sou ignorante discordo MESMO da entrega do Nobel ao Saramago.

que me desculpem...

bom dia T


(este blog é uma MARAVILHA...eu sei que já tinha dito mas redigo).

beijos.

teresamaremar said...

:) pois é... haverá, por certo, quem concorde...
No Saramago, o que gosto, são os nomes que ele encontra para as suas personagens.


Obrigada pelo mimo :)

beijo de bom dia

náufrago do tempo e lugar said...

A justificação da atribuição do P.Nobel a Saramago, creio que a encontramos na expressão utilizada por Nobel no seu testamento. Ei-la:
“...de tendência idealista...”

“(…) uma parte à pessoa que tenha produzido a obra mais destacada de tendência idealista no campo da Literatura(…)

Mas o que eu não entendo mesmo é que, sendo a Matemática a base das duas ciências puras contempladas pelo P. Nobel - a Física e a Química -, por que razão não existe o Nobel em Matemática?

Li alguns zunzuns por aí, mas nada sei de concreto. Alguém me sabe dizer? :)