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Faz parte do instinto humano gostar de ouvir contar histórias. Narrações breves, os contos infantis, tendo as suas raízes na tradição oral, são feitos para serem contados e ouvidos. Surgem dos mitos, em versões que se foram actualizando de modo a não chocar os preceitos morais de cada época e sociedade.
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Forma de entretenimento que visa prender a atenção das crianças, actuam no inconsciente, e neles as crianças libertam os seus medos e ansiedades, resolvem os seus conflitos e dramas infantis.
Falam de rivalidade e luta, de provas e difuldades a (ultra)passar, são um lugar de descoberta e integram a criança no mundo social, fazendo o seu afastamento do lar e da figura materna. Veiculando uma moral, um sentido do bem diferenciado do mal, conceitos de pecado e virtude, permitem que as crianças construam a sua personalidade, e, através da história imaginada, façam a sua interpretação da vida.
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Mundos de magia e encantamento, a sua origem vem dos mitos celtas e recua à Idade Média. Neles encontramos as fadas, seres fantásticos com uma aura de beleza, possuidoras de poderes sobrenaturais associados a uma varinha de condão, príncipes e princesas, que lutam contra bruxas más, variante das fadas, heróis e heroínas.
Mundos de magia e encantamento, a sua origem vem dos mitos celtas e recua à Idade Média. Neles encontramos as fadas, seres fantásticos com uma aura de beleza, possuidoras de poderes sobrenaturais associados a uma varinha de condão, príncipes e princesas, que lutam contra bruxas más, variante das fadas, heróis e heroínas.
Universo onde o bem triunfa sobre o mal, estas narrativas decorrem em épocas e lugares inexistentes, sempre caracterizados por atributos como “muito longe, há muitos anos, era uma vez”. São palácios e florestas, personagens, mundos e terras mágicas, mas baseiam-se na essência humana universal.
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Charles Perrault, francês, Hans Christian Andersen, dinamarquês, e os Irmãos Grimm (Jakob e Wilhelm), alemães, são os principais autores de contos de fadas. Embora muitos defendam que os contos de fadas não foram escritos para crianças, as versões infantis destes contos nasceram no século XVII, na corte de Luís XIV, com Charles Perrault que, em 1697, publica Contes de ma Mère l'Oye, uma coletânea que, de facto, não se destinava originalmente a crianças.
Desta fazem parte os contos A Bela Adormecida, Capuchinho Vermelho, Barba Azul, Gato das Botas, Polegarzinho. Dele é a versão mais conhecida de Cinderela (embora exista uma outra dos Irmãos Grimm), baseada no conto italiano A Gata Borralheira, que terá a sua origem num antigo conto chinês datado de 860 a.C..
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No início do séc. XIX, procurando descobrir a evolução das diferentes línguas, partindo da existência de um sânscrito original, língua-mãe de onde todas as outras terão derivado, os irmãos Grimm fazem um trabalho de recolha de antigas narrativas populares transmitas por tradição oral. Publicam o resultado do seu trabalho na obra Kinder und Hausmaerchen (Contos de Fadas para Crianças e Adultos), contendo os contos A Bela e o Monstro, A Bela Adormecida, Branca de Neve e A Gata Borralheira.
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O verdadeiro escritor de literatura infantil é, porém, Hans Christian Andersen, autor de cerca de duzentos contos, alguns oriundos da literatura oral, outros escritos por si mesmo, compilados em Eventyr (Contos), onde constam O Patinho Feio e A Pequena Sereia.
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O verdadeiro escritor de literatura infantil é, porém, Hans Christian Andersen, autor de cerca de duzentos contos, alguns oriundos da literatura oral, outros escritos por si mesmo, compilados em Eventyr (Contos), onde constam O Patinho Feio e A Pequena Sereia.
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Outros nomes a estes se juntam, Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas (1865), Carlo Collodi, Pinóquio (1883), Beatrix Potter, Peter Rabbit e outros animais que dotava de vida e eram por ela mesma desenhados (1900), e, recentemente, J. R. R. Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, onde, à maneira moderna, convivem Humanos e Anões, Elfos, Orcs e Hobbits.
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12 comments:
acho também que certos contos, de fadas ou não, dificilmente terão sido escritos para crianças.
e boa semana para si.
e descanse...
Foi aos primórdios e fez bem.
Para mim, Andersen...é muito especial. Lembro um livro que me ofereceram, com muitos dos seus contos, mal sabia ler...e pedia ao meu Avô para ler, o que ele fazia com a maior das paciências.
Com estas tuas sábias palavras fizeste-me regressar aos contos fantásticos da minha infância.
Apesar de…
No silêncio nímio das memórias e das sombras
Aladino ser agora um translúcido fantasma
Sherazade uma evanescente lembrança
Xariar um espectro que não assombra
e Sinbad e Ali-Babá doces pleonasmos. :)
Obrigado pela magia e encanto proporcionados (as excelsas composições musicais incluídas, claro!).
Abraço.
Agradeço os vossos comentários, a que não respondi pontualmente (como vem a acontecer nos meus outros cantos), mas estou meio em férias.
Rigoletto, esse Avô em maiúscula é bem significativo :)
Zénite, as composições serão ainda repensadas, no pós férias, para já foram estas, algo à pressa, mas fiquei contente por ter descoberto uma forma de poder compactar assim diversificando os sons
Pegando nas palavras de Triliti, resto de boa semana
Zangada ?
De férias?.........
Fantástica a apresentação e a disposição das composições proporcionadas pelo Esnips.
Abraço e boas férias.
Irei de férias neste fim de semana.
Volto daqui por pouco tempo.
Bons dias para ti, Teresa
É sempre uma intensa curiosidade que leio e releio os teus posts. Latos e concisos ao mesmo tempo. São uns espaços muito bons que visito com prazer e que me deixam àgua na boca pelo que despertam neste querer de saber mais.
A minha avó contava-me hitórias!
Ainda me lembro de algumas, o João Ratão, O capuchinho, as da altura do Estado Novo de uma pessoa de uma aldeia e com pouca instrução mas com imaginação.
Também era nessa altura que se ensinavam as criancinhas a rezar, outras histórias, e também foi ela que me ensinou, prá ai com uns 3/4 anos sabia tudo de trás para frente e da frente para trás! melhor que agora! outras histórias!
Chevalier,
por isso os contos têm origem na tradição oral, e assim chegaram até nós. Alguém que narrava a alguém, e que por vezes acrescentava a sua nuance
:) "quem conta um conto, acrescenta um ponto"
outras histórias e outras vozes que as contavam.
É pena que ADULTOS e crianças conheçam (HOJE) tão pouco destes riquíssimos imaginários, estes fabulosos contos.
Hans C. Andersen é um património literário da humanidade ! Mas infelizmente, tem sido muito mal traduzido e acantonado no epípeto de contos para crianças, o que é falso ! H C Andersen escreveu para TODOS, especialmente para adultos.
A sua passagem por Portugal honra-nos ...
Abraço
IsabelVictor
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