Dia do Armístico, 11 de Novembro de 1918
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No final da 1ª Guerra Mundial, sobra uma Europa em ruínas, devastada económica e socialmente. Invasões, epidemias e fome, um quadro de decadência do qual os Estados Unidos beneficia despontando como uma das mais poderosas potências mundiais.
O mapa político europeu reorganiza-se com a formação de novos Estados, urge proteger grupos étnicos, linguísticos e religiosos inerentes. Nasce o Direito Humanitário, expressão da liberdade.
O mapa político europeu reorganiza-se com a formação de novos Estados, urge proteger grupos étnicos, linguísticos e religiosos inerentes. Nasce o Direito Humanitário, expressão da liberdade.
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O progresso tecnológico e as mudanças sociais, com a mulher dividida entre as tarefas domésticas e o emprego em fábricas e serviços públicos foram orientando as grandes mudanças.
Elemento participante na economia, tornou-se inevitável a sua, também, participação nas decisões políticas e de bem estar social. As vozes femininas que haviam sido silenciadas aquando da Revolução Francesa, fazem-se, agora, ouvir em Inglaterra e nos Estados Unidos, os dois motores económicos, e as sufragistas vencem a inércia.
"The right of citizens of the United States to vote shall not be denied or abridged by the United States or by any State on account of sex."
assim garante a constituição americana o direito ao voto feminino.
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Le Feu, 1916, de Henri Barbusse, prémio Goncourt, é, ainda hoje, considerado o melhor relato sobre a Primeira Guerra Mundial. Publicado pela Flammarion, Le Feu é o grito pacífista do autor que conheceu as trincheiras desde 1915.
Le Feu, 1916, de Henri Barbusse, prémio Goncourt, é, ainda hoje, considerado o melhor relato sobre a Primeira Guerra Mundial. Publicado pela Flammarion, Le Feu é o grito pacífista do autor que conheceu as trincheiras desde 1915.
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« On rentre dans la clarté du jour comme dans un cauchemar… Dans l’immensité, semés çà et là comme des immondices, les corps anéantis qui y respirent ou s’y décomposent… C’est çà la guerre »
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2 comments:
Parabéns por este blogue, que me parece diferente e atraente.
Os temas aqui apresentados dariam para muitos posts, muitos comentários. Vou tentar ser sucinto.
A Guerra de 14-18, devastadora e importante nas suas consequências para a Europa de todo o século XX, como que serviu de rampa de lançamento para uma nova ordem, a qual duraria pouco mais de uma década, já que em 1929 a grande Depressão mudaria tudo de novo.
Um dos "caminhos" que este post abre, é analisar a participação portuguesa no conflito, o que a motivou, a sua expressão, o que beneficiámos (ou não) com tudo isso. É um período riquíssimo, de acesa luta política em Portugal, com os governos a durarem poucos meses, grande crise económica em grande parte derivada da Guerra.
Há um nome que mereceu ser bem estudado, Afonso Costa. Na sua acção reside a "chave" destas questões que aqui coloco.
E também a libertação das mulheres tem nesta época um novo e decisivo impulso, mas que estaria longe de ser definitivo.
Também aqui importa lembrar, que no nosso país as mulheres só tiveram direito, repito, direito, a voto, após 1974. Ou seja, quase 60 anos depois da Guerra a que nos referimos.
Obrigado por este post.
Surpreendente.
Obrigada Rigoletto pelo comentário que muito enriquece o meu texto.
Tudo eram então sonhos, a ordem viria a ser efémera e a 2ª Guerra o novo grande drama.
Afonso Costa... brilhante quer como professor e advogado. Dizem que os seus discursos, como os de António Cândido, eram notáveis. Um irreverente com rosto de República.
Obrigada também pelas palavras quanto a este novo espaço.
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